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8 tiveram efeitos reduzidos ou insignificativos. Assim, recentemente, os investigadores passaram das intervenções focadas na mudança de um único comportamento para as intervenções centradas na mudança de múltiplos comportamentos de saúde em simultâneo. A lógica reside no facto dos comportamentos pouco saudáveis parecerem estar inter- relacionados e de muitos destes comportamentos partilharem determinantes comuns, o que apoia o desenvolvimento de intervenções que abordam múltiplos comportamentos em simultâneo (Busch et al., 2013). Além disso, é bastante comum que os funcionários das escolas se sintam sobrecarregados pela oferta cada vez maior de programas de intervenção, especialmente porque são confrontados com programas curriculares muito extensos e oportunidades limitadas para implementar estas intervenções. Por isso, os programas de intervenção eficazes, que abordam múltiplos comportamentos de risco, podem reduzir a sobrecarga das escolas e dos professores. Consequentemente, estas abordagens podem ter mais efeito sobre os benefícios para a saúde do que as restantes intervenções (Peters et al., 2009). Segundo Busch et al. (2013), além do contexto escolar em si, a abordagem mais completa à promoção da saúde deve também envolver as famílias e as comunidades . O seu envolvimento garante a integração da maioria dos aspectos da vida dos alunos. Outras características desta abordagem incluem o ambiente físico da escola, como a criação de cantinas escolares saudáveis ou a remoção de máquinas de doces, e a implementação de políticas escolares saudáveis como a proibição de fumar dentro do recinto escolar. Um estudo recente de Sevil et al. (2019) examinou a eficácia de uma intervenção em escolas secundárias em múltiplos comportamentos de saúde em adolescentes, como comportamentos de movimento de 24 horas (i.e., atividade física, tempo sedentário e duração do sono), dieta e consumo de substâncias (i.e., álcool e tabaco). Verificou-se que os

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