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18 ter menos probabilidades de cumprir as recomendações de atividade física diária mais tarde (Tammelin et al., 2014). No entanto, hoje em dia, os dispositivos eletrónicos e as redes sociais diminuíram significativamente a necessidade e o desejo das crianças e adolescentes de realizarem atividade física. O estudo de van Sluijs et al. (2021), baseado em 1,6 milhões de adolescentes de 146 países, concluiu que 81% não cumpriam as recomendações de atividade física atuais (77,6% dos rapazes; 84,7% das raparigas). Para além disso, a atividade física diminui com a idade, sendo mais acentuada nas raparigas do que nos rapazes. A adolescência tem sido geralmente considerada como um período saudável na vida de um indivíduo. No entanto, muitas doenças não transmissíveis que se manifestam mais tarde podem ser, em parte, o resultado de comportamentos de risco modificáveis estabelecidos durante a adolescência, tais como o consumo de tabaco, alimentação pouco saudável e baixos níveis de atividade física (Sawyer et al., 2012). Há um grande número de evidências de que a participação regular em diferentes tipos de atividade física está associada a efeitos benéficos na composição corporal, colesterol, pressão arterial, açúcar no sangue, aptidão aeróbica, força muscular, capacidade de movimento e saúde óssea (Poitras et al., 2016). A atividade física regular pode também melhorar o funcionamento cognitivo e o desempenho académico, bem como promover sentimentos de bem-estar em crianças e adolescentes. Além disso, a atividade física tem demonstrado efeitos redutores do risco de depressão e de sintomas depressivos em crianças e adolescentes (Physical Activity Guidelines Advisory Committee, 2018). Em relação ao apoio social dos outros significativos (e.g., pais, pares, professores) na atividade física das crianças e adolescentes, a investigação mostra que o

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